Dias áridos
Nos dias áridos há que abusar da protecção solar.
"Continuamos o nosso caminho.
As azáleas, as pétalas e os sicômoros, as práticas camélias distendidas, as falésias,
minerais carcinomas, túrgidas mas breves e os jarros, as dálias...
murmúrios, marulhares de mares interiores, fugas e esquivas...
Cimitarras (formas bizarras como algures me parece ter ouvido em preces fúnebres), sim cimitarras, mas faltava um sentido (discutia-se mesmo sobre um cânone), faltava um sentido ao suave (eh! zumbido ?! Por favor, não!) mmmh..., suave, levitar do aço (oh! sim, o aço! ).
Partiram imperadores, partiram os gansos, e as drosófilas e os anophelis.
Sem melhores dias ficámos ia a dizer... absortos... sob flocos de areia tombando dos ares.
Ali uma sela, um animal aparelhado com arreios de festa
A palma branca de uma mão ali acenando dos panos revoltos de uma bandeira negra
Negra estatura nos olhos medida
Abandonámo-nos...nada de sensual, entorpecemo-nos, encantados seria pelos espíritos desfilando e revoluteando pelos espaços infinitos (os espaços serão sempre infinitos, guitarras serão sempre bizarras, suzie q, baby ai labyou ) sempre à nossa volta.
Uma cabina metálica, o pó, uma toalha turca, um jerrycan de água salobra aquecida até aos limites do tolerável no banho, para beber...é agora a ùltima ceia...eis o que basta para criar esse mundo asfixiante, obsessivo, perigoso, apaixonante. "
Ludo Kraieski "Da estepe ao deserto"
trad. do polaco por Carla Seixas
"Continuamos o nosso caminho.
As azáleas, as pétalas e os sicômoros, as práticas camélias distendidas, as falésias,
minerais carcinomas, túrgidas mas breves e os jarros, as dálias...
murmúrios, marulhares de mares interiores, fugas e esquivas...
Cimitarras (formas bizarras como algures me parece ter ouvido em preces fúnebres), sim cimitarras, mas faltava um sentido (discutia-se mesmo sobre um cânone), faltava um sentido ao suave (eh! zumbido ?! Por favor, não!) mmmh..., suave, levitar do aço (oh! sim, o aço! ).
Partiram imperadores, partiram os gansos, e as drosófilas e os anophelis.
Sem melhores dias ficámos ia a dizer... absortos... sob flocos de areia tombando dos ares.
Ali uma sela, um animal aparelhado com arreios de festa
A palma branca de uma mão ali acenando dos panos revoltos de uma bandeira negra
Negra estatura nos olhos medida
Abandonámo-nos...nada de sensual, entorpecemo-nos, encantados seria pelos espíritos desfilando e revoluteando pelos espaços infinitos (os espaços serão sempre infinitos, guitarras serão sempre bizarras, suzie q, baby ai labyou ) sempre à nossa volta.
Uma cabina metálica, o pó, uma toalha turca, um jerrycan de água salobra aquecida até aos limites do tolerável no banho, para beber...é agora a ùltima ceia...eis o que basta para criar esse mundo asfixiante, obsessivo, perigoso, apaixonante. "
Ludo Kraieski "Da estepe ao deserto"
trad. do polaco por Carla Seixas
....bom...fabuloso texto....
bom dia. bom dia.
bjo.
Posted by isabel mendes ferreira | 9:50 da manhã