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terça-feira, fevereiro 21, 2006 

Quadrados

"Todos culpados menos o nóvoa. afinal é um honesto cidadão trabalhador. o Estado é que tem a culpa de tudo. se não existisse, isto nunca se poderia chamar corrupção, era pura e simplesmente a lei do mercado. e mais... se a advogada não trabalha para um dos sá fernandes, de certeza que conhece um ou o outro os dois nem que seja do corredor, do elevador ou da televisão. um dessses gajos ( eu diria mesmo, os dois mas é para não me chamarem fanático) é com certeza culpado, e com certeza andam a trabalhar para uma empresa pública de parques que quer ganhar vantagem à custa de concorrência desleal."

Este foi o comentário que deixei de rajada neste post do Blasfémias, intitulado sugestivamente "a quadratura do círculo".

No Blasfémias passam a vida a denunciar a corrupção e os restantes males do Estado, mas quando um titular de um cargo público exerce o seu dever e denuncia um caso concreto de tentativa de corrupção activa levada a cabo por um representante de uma empresa privada, aquilo de que se lembram imediatamente é de "sugerir" conluios e compadrios por outras portas e travessas entre acusadores e acusados. Para que tudo caiba no filme. É demasiado rasteiro.
Claro que muito "blogosfericamente" o autor do post cita "a fonte", tal como lembra o CAA na mesma caixa de comentários (fica-lhe bem defender o companheiro de blog, valha-nos isso).
E o que diz a "fonte" ( a "fonte directa" como diz o CAA)?
"Há um mal-entendido" nas acusações de Sá Fernandes, disse Domingos Névoa, considerando-as "falsas e caluniosas".Escusando-se a entrar em mais pormenores, o administrador da Bragaparques rematou, dizendo que a sua advogada "Rita Matias, que é do escritório de Ricardo Sá Fernandes, está a tratar do assunto".
Ou seja, a "fonte directa" não dá nenhuma informação em primeira mão, limita-se a citar passivamente o acusado de corrupção.
Mas isto não impede o jcd, o autor do post, de "sugerir" conclusões.
O teor da notícia levanta por outro lado uma questão de ética(?)/técnica(?) jornalística.
Será assim tão difícil ao jornal ou ao jornalista averiguar onde trabalha a Dra Rita Matias para completar a notícia antes de publicá-la?
nota: cheguei ao post do Blasfémias através deste no Olissipo

«Mas isto não impede o jcd, o autor do post, de "sugerir" conclusões.»

Gostava de saber que 'conclusões' é que sugeri, uma vez que eu próprio as desconheço.

O post é apenas uma curiosidade. O acusado diz que a sua advogada trabalha no escritório do advogado que aparentemente o tramou. Não é curioso? E daí, que conclusões se tiram? Espero para ver, apenas.

Agora este filme que está a fazer, tenho muita pena, mas não existe.

jcd,
- obrigado por te dares ao trabalho de responderes aqui ao meu post.
- não és com certeza um adolescente "curioso" e conheces perfeitamente o uso e o peso das palavras:
que quizeste apenas fazer uma piada "leve"? Percebo.
Que traz a "marca" de um parti-pris? Parece-me evidente, e por isso o meu comentário e o meu post.

bom dia....:)


a pergunta e a resposta.....um belo post....


bjo.

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