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quinta-feira, julho 13, 2006 

O regresso do filho do modelo

Uma das ideias (ia a dizer "mais" mas começa a tornar-se dificil destacá-las) idiotas que perpassou recentemente pelo "espaço político" português, foi a de seguirmos o modelo finlandês para o desenvolvimento.
Sem entrar sequer noutras matérias, há que notar que a Finlândia é um país onde se pode pagar uma viagem de autocarro ou um desenho num mercado ao ar livre, com um cartão Visa, enquanto que em Portugal não é aceite sequer o Multibanco num número vasto de restaurantes do centro da capital.
Não é uma questão de diferença de interesse pela tecnologia. Os portugueses são tão (ou mais) obcecados por gadgets como os finlandeses.
O problema é que em Portugal, a outras considerações de ordem prática e até comercial, sobrepõem-se sempre ou a rapacidade dos bancos e as suas "taxas" absurdas pela utilização de um instrumento de que só beneficiam, ou a mesquinhez dos "empresários".
Qual o culpado não interessa. O que interessa é que um certo tipo de tacanhez se encontra entre nós demasiado disseminada para que esteja assim ao alcance de um qualquer Governo ( mesmo que nos enviassem um de outro país, não contaminado pelas nossas taras ) erradicá-la.