O silêncio dos indecentes
Esther Mucznick escreveu no público um textozinho pungente sobre o rapto a 26 de Junho de 2006 do soldado Guilad Shalit, ao serviço do exército israelita em Gaza.
Um jovem, de 21 anos... quem não se preocupará com a sorte do soldado Shalit?
Que verme ficará indiferente à sorte de inocentes?
Israel não ficou, como bem sabem os libaneses, indiferente. Nem as ambulâncias escaparam...
Estranha coincidência, os media reportaram que no dia 28 de Agosto passado, o exército israelita talvez para manifestar também a sua preocupação, abateu (mais) duas crianças palestinianas algures nos territórios ocupados.
Jovens de 10 de 12 anos...
Os palestinianos, como sabemos, talvez por não terem muito apego às suas crianças, não costumam ter grandes possibilidades de fazer os israelitas lembrarem-se destes pequenos efeitos colaterais grandemente exagerados pelos média (talvez tivesse sido apenas criança e meia que foi morta e um deles já tinha sido morto várias vezes e portanto não vale, os militares israelitas tiveram o cuidado de informar previamente que os iam abater, costumam informar-nos os sensatos funcionários, encartados ou não, do estado israelita em Portugal).
Destas crianças, não é referido para já o nome em crónica nenhuma de Esther Mucznick.
Essa crónica estará programada, talvez, para daqui a um ano e tal.
Pois que verme ficará assim, indiferente à sorte de inocentes?