O senhor da Agonia
Quando acedi ao Portugal Contemporâneo, um dos vários blogs de direita que gosto de acompanhar, para linkar um post ao meu post anterior, deparei-me com um texto do leitor João Casabranca sobre o problema do sistema de ensino em Portugal.
O texto não é muito claro:
Começa por referir a influência "tentacular" de um certo "partido de extrema esquerda"(?) que procura caracterizar sociologicamente "tant bien que mal" e sem se perceber bem como, nem o a propósito salta para uma enunciação dos defeitos do ensino em Portugal.
O ensino público é para João Casabranca a fonte de todos os males.
Como sempre acontece é fácil concordar com alguns dos aspectos da sua crítica, mais do que batidos e rebatidos. Com outros nem por isso: a verdadeira paranóia de os professores não saberem onde iriam dar aulas no ano seguinte foi substituida pela garantia de manutenção no mesmo estabelecimento de ensino durante três anos. Para o João, isso é um evidente resquício do Estado Soviético no nosso sistema de ensino.
O que demonstra que a solução (milagrosa?) dos problemas do ensino em Portugal não passa por ataques ideológicos ao ensino público, é que o sector privado, nalguns casos de pendor marcadamente religioso, não obtém nas estatísticas de classificação das escolas uma diferença significativa de resultados, pelo menos uma diferença que justifique os preços praticados que o põem a salvo das "tendências niveladoras" que tanto aborrecem o João .
Apesar de tudo, continuei a leitura do artigo esperando ser confrontado com argumentos, propostas de medidas concretas que me fizessem pensar, um pouco como me acontece com alguma frequência quando leio outros posts do Portugal Contemporâneo.
Eis senão quando, de repente, o João aponta a bússula para o que no fundo, no fundo, verdadeiramente o preocupa: a recente ordem de retirada dos crucifixos das escolas públicas.
Fiquei desapontado.
Não é por se retirarem os crucifixos das escolas que o ensino vai melhorar nem me parece possível comprovar que estava melhor com eles pendurados nas salas ( o João defende que estava horrendo). Para quê então o alarme ?
O que é verdade é que a ordem foi dada sem dramatismos e os crucifixos desaparecerão das saulas de aula sem sobressaltos de maior, prova da nossa maturidade democrática.
Não se vislumbra é o que isto tenha que ver com "agonia laicista"...
O texto não é muito claro:
Começa por referir a influência "tentacular" de um certo "partido de extrema esquerda"(?) que procura caracterizar sociologicamente "tant bien que mal" e sem se perceber bem como, nem o a propósito salta para uma enunciação dos defeitos do ensino em Portugal.
O ensino público é para João Casabranca a fonte de todos os males.
Como sempre acontece é fácil concordar com alguns dos aspectos da sua crítica, mais do que batidos e rebatidos. Com outros nem por isso: a verdadeira paranóia de os professores não saberem onde iriam dar aulas no ano seguinte foi substituida pela garantia de manutenção no mesmo estabelecimento de ensino durante três anos. Para o João, isso é um evidente resquício do Estado Soviético no nosso sistema de ensino.
O que demonstra que a solução (milagrosa?) dos problemas do ensino em Portugal não passa por ataques ideológicos ao ensino público, é que o sector privado, nalguns casos de pendor marcadamente religioso, não obtém nas estatísticas de classificação das escolas uma diferença significativa de resultados, pelo menos uma diferença que justifique os preços praticados que o põem a salvo das "tendências niveladoras" que tanto aborrecem o João .
Apesar de tudo, continuei a leitura do artigo esperando ser confrontado com argumentos, propostas de medidas concretas que me fizessem pensar, um pouco como me acontece com alguma frequência quando leio outros posts do Portugal Contemporâneo.
Eis senão quando, de repente, o João aponta a bússula para o que no fundo, no fundo, verdadeiramente o preocupa: a recente ordem de retirada dos crucifixos das escolas públicas.
Fiquei desapontado.
Não é por se retirarem os crucifixos das escolas que o ensino vai melhorar nem me parece possível comprovar que estava melhor com eles pendurados nas salas ( o João defende que estava horrendo). Para quê então o alarme ?
O que é verdade é que a ordem foi dada sem dramatismos e os crucifixos desaparecerão das saulas de aula sem sobressaltos de maior, prova da nossa maturidade democrática.
Não se vislumbra é o que isto tenha que ver com "agonia laicista"...
Concordo contigo.
Posted by sabine | 5:01 da tarde