Mais da "natureza humana"
Tudo o que há aí de tendências totalitárias, desde os nostálgicos do nazismo de bigode e braçadeira aos ultra liberais de sebago e camisa azul às riscas procura mais tarde ou mais cedo buscar credibilidade científica numa distorção rasteira do darwinismo para justificar a necessidade da agressão, da guerra e da competição cegas como parte integrante e necessária do processo histórico.
"A lei do mais forte"...
Por estranho que pareça, os defensores das soluções de força não vêem contradição entre os argumentos sobre a especificidade da raça humana sobre todas as outras e a tendência para a fundamentação dessas características no ambiente agressivo e hiper- hierarquizado de algumas sociedades de outros primatas.
Ou seja, somos muito melhores do que os macacos apesar de procedermos de acordo com a imagem que temos deles.
Porque nem tudo tem de ser assim, aconselho a leitura do excelente texto do mesmo Robert Sapolsky que eu já citara ali em baixo A natural history of peace que foi publicado em revistas de "pendor ideológico" antagónico como a Foreign Affairs e a Harper's.
Até os macacos preferem viver em comunidades onde imperam as relações de cooperação e boa convivência.