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quinta-feira, fevereiro 19, 2009 

O mérito e o monstro

O Dr.Pedro Ferraz da Costa ostenta no rosto aquele ar sofrido de quem tem de lidar com o fardo duro de ser patrão.
É um exemplo e um sinal dissuasor para eventuais candidatos.
Ser patrão dói muito.
Ser patrão é sacerdócio, apostolado, abstinência, renúncia, mortificação.
É o facto de dar corpo a este estofo, esta superioridade moral dos patrões, que dá ao Dr. Ferraz da Costa a legitimidade para apresentar soluções criativas para a crise em Portugal.
E não são soluções quaisquer, das quais se lembra quem quer.
São soluções que exigem muito trabalho, muita preserverança, muito estudo, muito queimar de pestanas. Soluções que exigem um esforço intelectual profundo, de pôr um homem à beira do esgotamento, melancólico, taciturno:
Assim, sem mais lérias nem delongas.
É prático, é barato, é fácil de implementar.
É de génio.
Como ninguém se lembrou antes???
Pedro Ferraz da Costa alcança outro mérito nesta proposta ousada para acabar com a crise e devolver a prosperidade aos portugueses.
Acabou o mito do mérito, da remuneração em função do valor, do esforço, que ainda há pouco tempo tornava apelativa para os mais ambiciosos a conversa liberal.
Não, a solução está numa medida radical, maximalista, levam todos por tabela, 30% é a dose que toca a todos.
Uma ideia destas merece um aumento do gestor que a propõe em pelo menos 30%.
A vida está difícil para todos, e 30% sempre hão-de dar jeito para alguma coisa.