Sex Appeal
O glamour, o sex appeal...
É um exercício de acrobacia porque belisca a imagem tacanha da austeridade honestazinha que faz o mito e acalenta, no mofo, os seus seguidores.
Mas podia lá a televisão resistir a "humanizar" o bicho, nem que seja a bem ou a mal e mais de quarenta anos depois da bendita cadeira?
Tirando o ridículo, é apenas o pretexto para mais uma historieta trivial que mete poder e sexo.
Fazer a história de alguém na televisão sem meter sexo é impossível, nem a Madre Teresa se safa, nem o Pato Donald. Ou então as audiências, Kaput...
Os autores não fizeram a coisa por menos.
Obedecendo aos códigos da chamada "linguagem televisiva", eis que o rústico botas, de quem se dizia (e alguns ainda pensam) que não dormia "a pensar em nós", nos aparece agora retratado como um garanhão telegénico capaz de competir em proezas de alcova com o afamado JFK.
A única dificuldade é esta: um realizador imaginativo ainda pode ir buscar o Brad Pitt para fazer de Viriato, o George Clooney para Afonso de Albuberque ou o Matt Damon para Dom Nuno.
Na época em que esses personagens viveram não havia fotografias nem televisão.
Mas um Salazar modelo? Realmente, Haja Deus...
em novo ainda passava; o problema foi quando o encheram de farinha para lhe dar anos e patine
Posted by Ana Cristina Leonardo | 12:52 da tarde
Nalguns dos momentos mais enfarinhados o actor ficou vagamente parecido com o Marlon "colonel Kurtz" Brando (neste caso uma espécie de Marlon Branco). Vi esta observação corroborada pelo Nuno Pacheco na última página do público.
Posted by rui | 1:55 da tarde