A (o) Solublema Nuclear
Quando uma solução se torna num problema.
Problemas de contas de energia, precisamente um assunto que tem estado muito em voga em Portugal sendo apresentado como uma solução para o problema energético.
No papel, tal como cá, as contas são infalíveis, detalhadas...
Mas em Obra, a central francesa de Flamanville, por exemplo, soma agora 2 anos de atraso na construção e o seu custo foi reajustado para 5 milliards (acho que são milhares de milhões, vulgo biliões por adaptação da designação anglo-saxónica) de Euros, ligeiramente acima dos 3 milliards inicialmente previstos.
E ainda a procissão vai no adro...
Se olharmos também para o caso da central finlandesa em construção pela AREVA (só para olhar e não para bater mais no ceguinho...), parece que a escola de gestão de projecto de construção de centrais nucleares estabelece como boa prática o dobro do tempo de construção e o dobro do custo anunciado nos "estudos". O que é de molde a tranquilizar o público, porque a partir de agora já se torna fácil aplicar o coeficiente de desfaçatez (igual a 2 x T ou 2 x B$$, consoante o parâmetro em discussão) às afirmações dos promotores do nuclear e estabelecer estimativas minimamente realistas.
Se desequilíbrios semelhantes se verificarem, sei lá, na construção duma ponte, duma auto-estrada.... é, justamente, um escândalo público (e na actual conjuntura, culpa do Sócrates, está claro).
Se os sobrecustos forem real ou imaginariamente atribuidos às renováveis, aí, então, é a catástrofe... ( e culpa das manobras do Darth Vader "ecotópico" ).
Nesta área cheia de "ponta", porém, parece que o descalabro de contas e prazos é... o presente e "o futuro".
Se os sobrecustos forem real ou imaginariamente atribuidos às renováveis, aí, então, é a catástrofe... ( e culpa das manobras do Darth Vader "ecotópico" ).
Nesta área cheia de "ponta", porém, parece que o descalabro de contas e prazos é... o presente e "o futuro".