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domingo, abril 09, 2006 

Estaleca moral

Mais pragmática e realista é a opinião d' O Insurgente sobre o Syriana.
Ao contrário do que o Taheri abaixo considera Despicable Self-Loathing, o André, demonstrando que não há como argumentos indigentes mas completamente opostos para se concluir exactamente a mesma coisa, acha que não senhora, o argumento do filme até poderá ser bastante plausível mas e depois?
É essencial que tais coisas se passem para que as crianças continuem em bons colégios e possamos continuar a desfrutar do gasóleo para meter no jipe quer na deslocação ao surf quer no périplo pelas casas produtoras de vinhos do Douro à procura das últimas tentações.
Criticar esses factos é basicamente pôr em causa a "superioridade da nossa civilização".
Criticar essa gente boa que suja as mãos (coitadinhos... arriscando que lhes arranquem as unhas e tudo...) para o conforto das nossas crianças e tranquilidade da nossa consciência é assim como "morder a mão que nos dá de comer".
Muito bem.
É uma questão de "estaleca"...
E agora passemos às tiradas sobre a "superioridade moral" da nossa civilização.
(Mas isso é quando se fala do Abelardo, do Petrarca, do São Francisco de Assis, do Leonardo daVinci, da Convenção de Genebra, da Magna Carta, cada coisa tem seu tempo...)

É caso para dizer: escolha o argumento que mais lhe agrada! :)

A proposito: estou a ler "Orientalismo" de Edward Said.

Aí Sabine, alta pedalada.
Quanto a mim o "Orientalismo" tem de ser lido com algum cuidado para além da sua dificuldade intrinseca:
é um livro especializado dirigido a uma crítica académica.
Há que ter cuidado com as extrapolações abusivas trinca-na-pêra que alguns fazem com a melhor das intenções.
Os orientalistas que Said critica, pelo menos tiveram o mérito de estudar o tema. E o próprio Said, um intelectual palestiniano laico, inscreve-se numa tradição intelectual "ocidental".

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