Waving to the waves of globalization
Isto poderá parecer um pouco mexerico, ok.
Admito que talvez não tenha sido o aspecto mais importante da entrevista que Sérgio Figueiredo fez ao bem sucedido pregador da religião da banha da cobra, Jack Welch, um dos mais proeminentes gurus de todo o pacóvio que por detrás da secretária de um qualquer banco aspira a tornar-se num caso raro de sucesso como homem de negócios "global", como agora se diz, bastando para isso aplicar à risca os conselhos da treta do mestre (incluindo para começar, despedir muita gente, que é para isso que serve um gestor de topo, "gera eficiência", e fica bem).
Mas foi realmente penoso, muito penoso, assistir ao esbracejar desesperado do Sérgio tentando manter-se à tona no mar encapelado de um idioma, o exótico inglês, de que manifestamente apenas conhece os rudimentos mais básicos.
O Sérgio Figueiredo não será mau jornalista, mas porque é que todo o bicho careto há-de ter a mania que "domina" o inglês? Porque é que estragou o que poderia ter sido uma entrevista pelo menos fácil de seguir, ao recusar-se a assumir essa sua incapacidade?
Porque se deu ao trabalho de dar um humilhante e mau exemplo da incompetência portuguesa logo perante um acérrimo defensor da meritocracia?
Ou será que não havia budget para um tradutor decente?