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sábado, agosto 09, 2008 

Back in the U.S., Back in the U.S.S.R.

Passada a guerra fria, regressa a guerra quente. Numa lógica puramente Imperial a Rússia intervém agora na Ossétia do Sul.
O presidente da Geórgia terá as suas razões mas ilude-se ao pensar que pode emular Israel na sua capacidade de arrastar, se necessário, os Estados Unidos, via Nato, para a possibilidade de uma terceira guerra mundial.
Para já, apesar de se ir já fazer sentir o efeito dominó da crise quando o "bom aluno" Geórgia retirar o seu contingente do Iraque para acudir à Ossétia, os americanos parecem relativamente cautelosos e até passivos, mas vamos ver o que acontecerá se os russos se entusiasmarem com a sua esmagadora capacidade militar e levarem a intervenção muito para lá das fronteiras em disputa.
Nas margens de toda esta estupidez nacionalista que geralmente ombreia com a mais criminosa irresponsabilidade continua o calvário das minorias dos dois lados, fáceis carne para canhão para todas as "legítimas" maiorias.
O blog de José Milhazes, correspondente do Público em Moscovo faz um enquadramento da situação e é um dos sítios indicados para se seguir a sua evolução.

O Gorbachov era "nabo" pensava que bastava abandonar o o "comunismo" para se tornar amigo dos EUA e do Ocidente. Não! a Russia é e será sempre um adversário dos EUA até apenas dada a sua dimensão. O exemplo russo serviu a China que não desmistificou "o rumo ao comunismo" e será em breve um outra Super-potência ao nível dos EUA e da Russia, à medida que for crescendo económicamente.

Quanto aos países da Europa ocidental não têm um voz única e apenas seguem cegamente os ditames dos EUA, mesmo contra os seus próprios interesses por vezes.

Lembrem-se do exemplo do Iraque que foi invadido a pretexto de uma mentira conhecida de todos os países que apoiaram a invasão: prenderam o então chefe máximo do país e entregaram-no ao inimigo para que o "julgasse". É claro que o resultado do julgamento estava traçado à partida. Não se pode justificar com o facto do Sadam Hussain ter sido um ditado porque tem havido e há muitos deles pelo mundo fora e não costumam ser ser retirados do poder à força pela comunidade internacional.

Zé da Burra o Alentejano

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