Missão impossível
Santana Lopes tem muitas probabilidades de ganhar de novo as eleições para a Câmara de Lisboa. A não ser que a esquerda faça um pleno, o que é pouco provável.
De realçar, de um lado o pragmatismo: o PP e o PSD não têm problemas em coligar-se quando as probabilidades reais de vencer existem. Manuela Ferreira Leite, a representante do "PSD sério", não teve pejo em nomear como candidato o indivíduo que pouco tempo antes personificara todos os defeitos do "PSD populista" por lhe parecer que será o personagem com maiores probabilidades de vitória. Do outro lado, da esquerda, ninguém se entende com ninguém. Muitos tratam Santana como um monstro de sete cabeças, mas na hora de estabelecer compromissos preferem manter as distâncias e a "independência" dos seus aliados naturais não se importando de eleger o "monstro" para não cederem nos "princípios", eufemismo útil para questões de ego.
Existe on line uma petição bem intencionada apelando à convergência da esquerda nas eleições para a Câmara de Lisboa.
Aposto que todos os principais protagonistas vão analisar "com muita atenção" o sinal que isto envia às diversas direcções partidárias.
Como todas as boas intenções suspeito que vai cair em saco roto.