Tons de Inverno
Os jornais de hoje falam de gente a ser tratada do vício do Facebook e outras redes sociais. Neste tipo de notícia inconsequente não é feito o cruzamento de quantos deles pertencem aos mais de 20% de portugueses que um outro estudo garante terem problemas mentais (faltaria ainda aferir qual seria a percentagem de autores do(s) estudo(s), em ambas as circunstâncias).
Nos últimos dois meses sucedeu-me o contrário.
A um internamento num hospital seguiu-se um fastio enorme de quase tudo online.
Limitada que é a minha vidinha tive de me focar off line. Primeiro porque estava agarrado a uma cama, depois porque é bom estar com a família e os amigos reais.
Por enquanto ainda existe alguma distinção.
O que se passa on line reflecte o que se passa na vida real, apenas que a facilidade de acesso convida, por vezes, a subverter as prioridades.
Assim como na vida real "desaparecemos" da circulação por períodos mais ou menos longos, não me aflige que um blog esteja mais ou menos adormecido durante alguns períodos. Em qualquer altura podemos reanimá-lo.
Por isso é um prazer em larga medida solitário e, após a vulgarização do fenómeno, anónimo.
O Facebook, o Twitter e outros, cada um com as suas particularidades funcionam do mesmo modo.
A minha presença on line, ténue que é, tem o mérito de ser totalmente gratuita, dispensa obrigações de qualquer espécie e muito menos de carácter profissional.