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domingo, agosto 08, 2010 

Outsourcing


É sabido que numa manifestação clara de ignorância e má fé ao serviço de interesses pouco transparentes, diversas pessoas têm comentado e realçado que os custos associados às questões de segurança levantadas pelas centrais nucleares, e geralmente não contabilizadas devidamente pelos seus proponentes, inviabilizam essa opção do ponto de vista económico.
Numa discussão que se gerou recentemente no blog ambio a propósito das terríveis consequências que advém para o País da opção estratégica dos nossos governos recentes pelas energias renováveis, Jorge Oliveira, um dos subscritores (1) do Manifesto Darth Vader-The Empire Strikes Back, por uma nova política energética, comentou assim a essa questão:
Jorge Oliveira e outros proponentes do nuclear português abre-se assim uma excelente janela de oportunidade para exportar conhecimento português, explicando "às famílias" inglesas a falsidade do  anúncio feito há semanas pelo Secretário da Energia e Alterações Climáticas do novo Governo conservador/demo liberal e notório agente infiltrado dos "ecotópicos", da existência dum buraco negro orçamental de cerca de 4 biliões (milhares de milhões, suponho...) de libras devido a custos até agora não assumidos de "rising expenditure on nuclear decommissioning, and falling income due to the closure of ageing power plants", custos esses que se não fore devidamente explicado por Jorge Oliveira e seus pares, que na realidade se devem a apostas erradas nas energias renováveis, quiçá por culpa do Carlos Pimenta, terão de ser naturalmente assumidos pelo contribuinte inglês.

(1)
Excertos que considerei relevante para este post, dum comentário de Jorge Oliveira ao post linkado
"Eu sou um dos autores e redactores do Manifesto."
(...)
"(...) queria elogiar a sua sagacidade ao descobrir a energia nuclear num Manifesto em que o termo “nuclear” não aparece uma única vez. Estou a ironizar, é óbvio, mas se estivesse no seu lugar teria tido a mesma clarividência. Qual a alternativa à política energética do pseudo engenheiro que empata o cargo de Primeiro Ministro, senão a opção nuclear? "
(...)
"(...) Aliás, devo dizer-lhe que, pela minha parte, eu teria explicitado a proposta do nuclear no Manifesto. Votei vencido, mas enfim, em Portugal é difícil reunir um grupo capaz de afrontar o politicamente correcto de peito feito."