Dentro da nossa casinha...
Um post do Pópulo sobre o caso das escutas (reparou agora o povo na bandalheira em que se transformou desde há anos a questão) intrigou-me porque a digitalização da capa do 24 horas que o acompanhava trazia uma referência a um tal Karyakas, um jogador do Benfica em quem eu nunca tinha ouvido falar.
Segundo o jornal, o rapaz cometeu um crime de tal forma grave que apanhou com um processo disciplinar e está proibido de entrar no local de trabalho.
Imaginei logo o crime: chegou uma semana atrasado ao trabalho ou agrediu um companheiro de equipe nos treinos, como tem acontecido esta época em grandes clubes, se calhar agrediu um colega de trabalho de outra equipe, como é banal em qualquer desporto de competição.
Não, frio, muitissimo mais grave do que isso.
O malfrate deu uma entrevista onde com ou sem razão se queixou de não jogar ( outra coisa banal nos noticiários desportivos) e, mais grave ainda, beliscou o nosso brio nacional. Tssss....!
"N'o país" em que qualquer saloio das hortas se queixa da "miséria de País", ai de qualquer outsider que exprima a menor crítica, mesmo que esta quase se limite a uma constatação que qualquer pacato Pai de família com crianças em idade escolar, sem carro e sem residir num condomínio privado subscreverá espontaneamente, talvez até de maneira mais eloquente :
Segundo o jornal, o rapaz cometeu um crime de tal forma grave que apanhou com um processo disciplinar e está proibido de entrar no local de trabalho.
Imaginei logo o crime: chegou uma semana atrasado ao trabalho ou agrediu um companheiro de equipe nos treinos, como tem acontecido esta época em grandes clubes, se calhar agrediu um colega de trabalho de outra equipe, como é banal em qualquer desporto de competição.
Não, frio, muitissimo mais grave do que isso.
O malfrate deu uma entrevista onde com ou sem razão se queixou de não jogar ( outra coisa banal nos noticiários desportivos) e, mais grave ainda, beliscou o nosso brio nacional. Tssss....!
"N'o país" em que qualquer saloio das hortas se queixa da "miséria de País", ai de qualquer outsider que exprima a menor crítica, mesmo que esta quase se limite a uma constatação que qualquer pacato Pai de família com crianças em idade escolar, sem carro e sem residir num condomínio privado subscreverá espontaneamente, talvez até de maneira mais eloquente :
"Portugal é um país atrasado", declarou. "Acredito que Lisboa está cerca de 20 anos atrás (de Moscou). É uma grande vila. Não há lugar para as crianças brincarem"Não será isto uma bela metáfora do nosso provincianismo?