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domingo, abril 30, 2006 

Ao alcance de "pessoas comuns"

Para quê tantos filósofos e pensadores, leituras complexas da Bíblia e de outros códigos, se o lenitivo para tanta má digestão por incapacidade de aceitação do contraditório, gargantas secas/mau hálito de ânsia de protagonismo, tempestades de bílis por excesso de competição na demarcação de territórios, ressacas, azias mentais adquiridas na antevisão de esquemas para enquadrar as reacções de presumíveis adversários, inflamações crónicas do ego, septicémias por falta de arejamento intelectual e psoríases por ausência da capacidade de "intervalar" um bocado sob pena de perca de estatuto, pode ser encontrado numa vulgar letra de rock?
Que por um momento a banda sonora favorita desta gente deixe de ser
(...) He has no friends
But he gets a lot of mail
I'll bet he spent a little
Time in jail...
I heard he was up on the
Roof last night
Signaling with a flashlight
And what's that tune he's
Always whistling...
What's he building in there?
What's he building in there?

We have a right to know... (1)
e ganhe um pouco de modéstia e brilho
(...) I ain’t lookin’ to compete with you
Beat or cheat or mistreat you
Simplify you, classify you
Deny, defy, or crucify you
All I really want to do
Is baby be friends with you (2)


(1) Tom Waits, 1999, Mule Variations, What's he building?

(2) Bob Dylan, 1964, Another side of Bob Dylan, All I really want to do, a ouvir preferencialmente na versão dos Byrds, 1965, Mister Tambourine Man