Pedagogia perversa
A invasão do Iraque teve o mérito duvidoso de ensinar duas coisas ao mundo :
1- Sim, é possível resistir ao ocupante, apesar da esmagadora superioridade militar deste, em particular no que diz respeito aos meios aéreos.
Ou seja, o mundo pode ser "plano", "virtual", "global" o que os "gurus" que vendem memes aos pacotes às crianças quiserem, mas, quer queiram quer não queiram há (ainda) territórios a ocupar e administrar, matérias primas a explorar e a transformar, pessoas com quem tem de se contar, e aí...
2- A melhor defesa é ainda um bom guarda chuva nuclear. Olhem a Coreia do Norte e o Saddam... entre um regime e o outro, venha o diabo e escolha, ou melhor, se tivermos de escolher, em caso de desespero que o panorama está para estes dilemas desesperados , o Iraque de Saddam talvez fosse preferível apesar de tudo, e no entanto... o Iraque é que foi o alvo escolhido.
Em primeiro lugar pelo petróleo, em segundo lugar porque não estava em condições de... "dialogar ao mais alto nível".
Olha lá se o Paquistão, segundo tudo indica com uma estrutura militar e de serviços de informações enterrada até ao pescoço nas manigâncias dos taliban e da Al-Qaeda, foi ameaçado a sério?
Ou seja, o mundo pode ser "plano", "virtual", "global" o que os "gurus" que vendem memes aos pacotes às crianças quiserem, mas, quer queiram quer não queiram há (ainda) territórios a ocupar e administrar, matérias primas a explorar e a transformar, pessoas com quem tem de se contar, e aí...
2- A melhor defesa é ainda um bom guarda chuva nuclear. Olhem a Coreia do Norte e o Saddam... entre um regime e o outro, venha o diabo e escolha, ou melhor, se tivermos de escolher, em caso de desespero que o panorama está para estes dilemas desesperados , o Iraque de Saddam talvez fosse preferível apesar de tudo, e no entanto... o Iraque é que foi o alvo escolhido.
Em primeiro lugar pelo petróleo, em segundo lugar porque não estava em condições de... "dialogar ao mais alto nível".
Olha lá se o Paquistão, segundo tudo indica com uma estrutura militar e de serviços de informações enterrada até ao pescoço nas manigâncias dos taliban e da Al-Qaeda, foi ameaçado a sério?
Os iranianos, mais uma potência militar ( que para variar e para chatear – desculpem lá mas é assim...) armada e treinada pelos EUA nos bons tempos do Xá e da Guerra Fria, depressa concluiram o óbvio:
Muita palheta sobre Direitos Humanos, ONU, Convenção de Genebra e não sei mais quê, mas ou há "argumentos" para mostrar na mesa ou o resultado é a humilhação permanente.
Para além dos delírios provocatórios do seu presidente não lhe restam assim neste momento grandes opções se pretender manter o estatuto de potência militar e regional:
Ou a fuga para a frente para obter os tais "argumentos", ou submeter-se sem luta e ficar sujeito aos caprichos de uma qualquer clique de líderes irresponsáveis como as seitas do Bush e do Blair.
O resultado é que a América, de arrogância em arrogância, de paranóia em paranóia imperialista vai acabar por ter a WWIII que tantos andam a pregar com tanto entusiasmo há algum tempo.
E nós? Nós vamos apanhar por tabela.
A situação é muito complexa:
1. O presidente do Irao anda a fazer declaraçoes como quem pede: "invadam-me para eu poder criar mais um ninho de fundamentalistas e terroristas".
2. Muita gente "ocidental" desde a polemica dos cartunes anda a sonhar com uma "invazaozinha". Pensa que isso vai resolver tudo (nao vai, mas é essa a linha de pensamento).
Mudando o presidente dos EUA a situaçao nao vai alterar. Lê isto:
http://tugir.blogspot.com/2006/04/0_114479038988807514.html
http://tugir.blogspot.com/2006/04/0_114536508926082627.html
http://kontratempos.blogspot.com/2006/04/adjectivo.html
Posted by sabine | 11:11 da tarde
Aproveito para te convidar a visitar o meu blogue, onde recentemente voltei a escrever.
Posted by sabine | 11:12 da tarde