Dúvida existencial
Será que estou a ficar "conservador"?
Assalta-me esta dúvida ao ler este artigo de Michael J. Mazarr publicado na circunspecta Policy Review.
Um especialista militar discute os novos conceitos da moda, como a 4GW (fourth generation war) e a "War on Terror", e aponta, de uma forma muito mais articulada e informada do que me é possível, ideias que na prática, não andam muito longe do que escrevi de forma mais tosca na parte final deste post.
O artigo é longo e a sua leitura requer ao não especialista como eu, algum esforço para compreender as teorias militares expostas, mas compensa. Quanto a mim é um dos artigos mais interessantes que li nos últimos tempos sobre estas questões.
Ah! e nada nem de "telenovelas" sobre os "civis inocentes" nem jogos de matraquilhos pretensiosos sobre o que o Irão quer, a Síria quer, a Arábia Saudita quer e o Hezbollah quer.
(nota: nesta página procurar o artigo "Uma Guerra Imoral" da Constança Cunha e Sá no Público de ontem)
Algumas passagens que estão longe de esgotar a leitura:
(...If we were wiling to do things differently, the principles of conflict in an era of psychopolitik would suggest a number of specific efforts.
Do not become the focus of the alienation. Adopting policies in the name of geopolitics that place us in the crosshairs of psychopolitics — supporting a repressive regime beset by an exploding antimodernist social movement for “pragmatic, strategic” reasons — will almost always work to our disadvantage.
Crush the true extremists. When we encounter a group that is truly beyond reach, who have gone so far down the road of alienation and humiliation and rage, there is no alternative but to capture and kill them as rapidly and completely as possible.
Vendo bem as soluções propostas vão no caminho de ideias que têm sido debatidas desde o 11 de Setembro de 2001, mas sempre etiquetadas de "antiamericanas" pelo aparelho de propaganda do lobby militarista.
Passados três anos de desastre, e exposto o beco sem saída, a incompetência e a hipocrisia dos "nation builders" comece a ser possível aos países civilizados assumirem-se como tal.