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terça-feira, setembro 11, 2007 

Fait divers

Acho que o Dalai Lama, como qualquer outro líder religioso, é bem vindo a Portugal.
Mais, até aceito que o Dalai Lama será um personagem mais recomendável do que o líder da Igreja Maná ou o Reverendo Moon.
Aceito e entendo que o Governo receba o Dalai Lama ou qualquer outro líder religioso nas circunstâncias que julgar apropriadas .
O que não percebo é a insistência com que alguns "exigem" que ele seja recebido pelo Governo.
Porquê? Para quê?
Para dar satisfações à vasta comunidade budista portuguesa?
Para embaraçar a próxima visita do Sócrates à China?
Mas afinal o Dalai Lama está cá como líder religioso ou na qualidade de líder político?
Tirando alguns para quem esta será uma oportunidade boa para fazerem "oposição", intrigam-me este tipo de pressões dos admiradores do Dalai Lama.
Não porque não tenham legitimidade para fazê-las do ponto de vista "mundano", mas porque indiciam uma estranha valorização das "aparências".
Parece-me que neste aspecto é sensato esperar que o Dalai Lama tenha de voltar cá muitas mais vezes. Há muitos ensinamentos a dispensar.
Talvez que ao fim de algum tempo essa acção meritória mereça uma condecoração com direito à almejada recepção .