Igual a zero
Foi Cavaco quem falou e logo o rebanho desatou a balir preocupações com as excessivas remunerações de certos altos dirigentes.
Então o apego à "liberdade"?
Então o apego à "liberdade"?
Então a necessidade de "destruir o Estado", romper com qualquer conceito de justiça distribuitiva que tantos danos fará à "dinamização da economia"?
Então os perigos da "igualdade"?
Então a "glória" de ser rico?
Então as vantagens morais de cada um gastar o "seu" dinheiro naquilo que muito bem lhe apetece, por mais disparatado?
"Quero ter a liberdade de comprar o meu Ferrari" dizia o yuppie que deve ter votado no Cavaco, à mesa do restaurante.
A sensação de inexpugnabilidade transmitida por este Governo no fim de um longo processo de anestesiamento político e estupidificação que enquanto foi controlado pelo PSD sempre pareceu de "normalização democrática" é tal, que tudo o que é anti PS se agarra a tudo - literalmente tudo - o que lhes cheire a "ataque ao Governo", nem que sejam os sindicatos, nem que seja o que noutros contextos classificariam de igualitarismo serôdio.