Rescaldo
Foi um dia de vitórias retumbantes.
A CDU constatou uma corrente de "milhares e milhares..." rumo ao crescimento sustentado que ano após ano, eleição após eleição, tem vido a registar. Um caso ímpar.
O Bloco cresceu dramaticamente em todo o País e é, cada vez mais, a "esquerda vigilante", ao ouvir-se o seu líder ficou-se com a sensação de que tinha obtido a tão detestada maioria absoluta.
O PP teve uma vitória histórica, atingindo a maior votação "de sempre nos últimos trinta anos" na definição pitoresca de um dos seus responsáveis. A "Maioria Silenciosa" voltou, finalmente, aos dois dígitos.
O PSD teve uma vitória empolgante, aumentando em seis o número dos seus deputados, e a vitória só não foi maior porque a lista de partidos do Boletim de Votos, manipulada por forças afectas ao PS, empurrou o quadrado do Partido para um confuso meio da tabela (ainda o Pacheco não se lembrou desta...).
Juntos, todos e cada um, alcançaram uma vitória decisiva (que cada um reinvindicou humildemente para si) ao constatar-se que nenhum partido obteve a maioria absoluta.
Todos venceram e foram para a cama dormir sonhos côr de... tudo menos rosa, à excepção evidente de um deles: o grande derrotado da noite, a crer em comentadores atentos e lideres partidários responsáveis, o Partido que teve mais votos e elegeu mais deputados.
É lógico. Mais votos e mais deputados interessa para alguma coisa num acto eleitoral?