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quarta-feira, novembro 18, 2009 

O regresso do filho de Estaline

Na caixa de comentários do 5 Dias tenho assistido a discussões interessantes. A mais surpreendente tem a ver com a reabilitação de Estaline que aqui e ali vai reencontrando o seu caminho até à superfície. Tal como os nazis e os seus rapazes ultra informados nos detalhes historiográficos mais minuciosos que comprovam que eventualmente terá havido os seus abusos mas que historietas como os campos de extermínio são apenas a história escrita pelos vencedores, isto é, as democracias corruptas, tal como Pides e antigos retornados vão pouco a pouco arranjando lata para irem publicando umas obrinhas reabilitadores do regime fascista português, verifica-se que também os estalinistas fizeram o seu trabalho de casa e recompuseram ao longo da última década um pequeno arsenal argumentativo para reabilitarem os "avanços do socialismo".
Neste momento coabitam em paz, que a luta de classes ainda não cria necessidades prementes de delimitações de território intelectual, três correntes :
A ortodoxa dos que defendem que com as correcções introduzidas pelo relatório Krutchev tudo estava a correr às mil maravilhas. Limitam-se a defender a realidade vigente à data da queda do muro e optam, face ao Gulag e a Estaline uma atitude de crítica cautelosa. É a linha oficial de face relativamente benigna do PC.
Os que defendem que os crimes do Estaline e o Gulag foram "erros" "grandemente exagerados" pela propaganda anti-comunista, mas necessários à construção do socialismo, e que o caminho para a desgraça se iniciou com a adopção da "linha revisionista de Krutchov"... a linha, afinal, que segundo reza a fábula foi a linha do PCP, tendo dado origem a expulsão dos que se lhe opuseram e tudo...
No meio apoiantes do PC obviamente fascinados com o discurso mais radical.