Não está bonito
Aqui, acredita-se que "A Europa está madura para grandes transformações políticas e sociais, como no tempo da revolução francesa ou da revolução soviética. Agora, as exigências são outras: mais democracia, mais transparência, mas rigor nas contas públicas, melhor distribuição da riqueza produzida."...
A mim, parece-me que estamos a entrar num período em que os aspectos mais sinistros da "vigilância popular" virão ao de cima. O "inimigo principal", não é já tanto "o capitalismo", é o vizinho do lado.
O resultado deste tipo de "vigilância", não é, em geral, saudável, nem para a democracia, nem para a transparência, nem para o rigor nas contas públicas, nem para a melhor distribuição da riqueza.
O resultado é o autoritarismo no topo, e "dog eats dog" entre a arraia miúda.
Isto a propósito da indemnização a um funcionário da EPAL, por rescisão de contrato, uma historieta, entre tantas, sintomática do momento que vivemos, que salta já dos contrafundos javardosos do "Correio da Manhã para os destaques dos jornais "de referência" certamente incapazes de resistir ao detalhe picante de o funcionário em questão ser "apontado" como militante socialista e ser casado com uma funcionária do PS.
Só um detalhe para se perceber como funciona esta gente:
a notícia do Público começa por dizer que a indemnização foi três vezes superior ao previsto no contrato. Depois esclarece ( ? - francamente não sei o que a lei prevê, aqui limito-me a reproduzir como válida, sob sérias reservas, a informação veiculada por estes trapalhões compulsivos ) que foi "superior ao que a lei do trabalho prevê, no mínimo 1,5 salários por ano" e acrescenta que o sujeito recebeu "mais de três salários".
a notícia do Público começa por dizer que a indemnização foi três vezes superior ao previsto no contrato. Depois esclarece ( ? - francamente não sei o que a lei prevê, aqui limito-me a reproduzir como válida, sob sérias reservas, a informação veiculada por estes trapalhões compulsivos ) que foi "superior ao que a lei do trabalho prevê, no mínimo 1,5 salários por ano" e acrescenta que o sujeito recebeu "mais de três salários".
A indemnização foi, assim, aparentemente, o dobro dos 1,5 "mínimos", e o jornal diz que foi o triplo.
Resta saber, como é que isto se tornou notícia: certamente através de um bufo qualquer que a ventilou ao Correio da Manhã. E o jornal "de referência", copiou do Correio da Manhã.
Volta Stasi, volta Pide, está tudo perdoado.
...e a propósito de pidescos não esquecer a iniciativa da PGR! Sobre isso não tenho lido muito. Deve ser pelo que refere: os vizinhos que se cuidem !
Posted by Manuel Rocha | 7:17 da tarde