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quinta-feira, janeiro 05, 2006 

A exaltação do efémero

Lê-se com incredulidade que o Afixe vai acabar.
Porquê? Porque os seus autores se fartaram.
Após o primeiro choque e o desapontamento, entende-se que é a explicação mais séria e coerente, aquela que melhor demonstra a liberdade que ainda é possível na blogosfera.
Durante dois anos o Afixe construiu um estilo de intervenção muito próprio, acutilante e transversal às opiniões diversificadas dos seus muitos autores. Isso deveu-se à personalidade do Rogério e ao esforço e dedicação quase profissionais de todos os restantes autores (o "quase" deve-se apenas ao facto de não ser uma actividade remunerada, quantos "consultores" da treta andam por aí que muito teriam a aprender com a qualidade da escrita e o talento gráfico deste projecto...), os da actual equipe e todos aqueles que por lá passaram.
Incluindo, arriscaria eu, os leitores e comentadores.
Como evitar, embora correndo o risco de ser injusto para os outros, referir os que para mim foram os personagens mais "emblemáticos" ?
O Gibel que fecha(?) com chave (e número) de ouro com uma espectacular exortação ao "novo blogger", o Bernardo, o sharkinho e a Émiele, a Madge a cujo fantástico talento se deve a imagem gráfica do blog e... "last but not least", o inevitável Rogério.
Que esse esforço, de que resultou um trabalho colectivo com tanta qualidade, possa parar de repente porque sim, porque se quer partir para outros projectos, e não hajam divergências políticas, cláusulas jurídicas, acertos de contas, considerações quanto a "responsabilidades" e "compromissos" vários, considerações quanto a "expectativas racionais", distribuição de lucros, e outras chatices que tanto azedam o final de tantos outros projectos é digno de homens.
Um luxo, terminar assim, porque sim, no topo.
Os segredos? Não sei se as tendências esotéricas do Gibel ou os arquivos do Priorado de Sião mantidos pelo Bernardo nos deixarão alguma pista, mas apetece-me ser mais prosaico e apostar na amizade e no gosto pela liberdade.
Vamo-nos vendo por aí.

Pá, isso é o que se chama estar "em cima" do acontecimento.
rouba tudo à vontade, será até uma honra.

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