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segunda-feira, outubro 01, 2007 

Elementos de Estudo (V)

Afinal a defesa dos OGM pelo Pacheco Pereira nada tem a ver com qualquer convicção acerca do seu carácter inócuo. Nada a ver com discussões comezinhas sobre "rotulagens", "distâncias de protecção" ou "princípios de precaução" mesmo que aplicados ao contrário.
Tem a ver apenas com ideologia.
Ao homem repugna que os agricultores europeus sejam "protegidos" dos produtos agrícolas americanos.
A um ingénuo escapa a vantagem de os agricultores europeus passarem a ser desprotegidos para que possamos ser invadidos pelos produtos agrícolas americanos, com o custo adicional de termos de engolir os OGM no pacote.
O que conta é que para assegurar o domínio dos americanos no sector agrícola, "acabando com a fome no mundo" na passagem, pois claro, os OGM são necessários .
A argumentação resume-se pois, a isto: é preciso assegurar que os produtos agrícolas americanos irremediavelmente contaminados tenham "condições para competir".
Entretanto vão-se convencendo à socapa uns agricultores ingénuos que se arrebanham como conveniente tropa de choque, dos "benefícios".
Sinistro.
Um Mário Crespo qualquer com alguns tomates sem OGM bem que lhe poderia perguntar "quem lhe paga".
O que não faz muito sentido nesta estranha teoria da conspiração é que se os OGM são "pretexto" para proteger os agricultores europeus, porque não se corta o mal pela raiz e se acaba de vez com o pretexto?
Excerto de um artigo de Pacheco Pereira intitulado "A cultura "oficial" da União Europeia":

Ficou latente desde o início que o que fez estrebuchar verdadeiramente os PP' s da nossa praça não era a acção, não era a protecção contra os ogm's, mas sim quem a efectuou: um grupo com ar de "extrema-esquerda". Por isso se leu mais vezes a palavra "cabeludos" nos jornais do que a sigla MON 810.

"latente" não, "patente".

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