Que viva Estaline
Sempre que entro na casa de banho de um restaurante penso na ASAE.
Não se sabe porque carga de água, mas parece ser um dos poucos organismos do estado com função fiscalizadora que "funciona" sem se deixar enredar na teia de excepções, pedidos, acções, providências cautelares, desculpas, tretas com que nós, portugueses contribuimos eficazmente para a paralisia da justiça enquanto bramamos contra a ineficácia do Estado na aplicação da justiça. Veja-se o caso do trânsito...
Há uns anos, envergonhado pelo fedor a urina que se sentia na sala de um famoso restaurante do Bairro Alto onde levara uns amigos, questionei a gerência que me garantiu candidamente que não podiam fazer nada porque a culpa era dos clientes. Acreditei, e por não me quer misturar com essa ralé nunca mais puz os pés nesse tugúrio repugnante.
Hoje em dia, graças em grande parte àquela organização, é possível entrar na casa de banho da maioria dos estabelecimentos portugueses sem sair de lá aos vómitos.
Alguns desenvolvimentos recentes têm contribuído para borrar a pintura.
O último, noticiado na primeira página do Expresso desta semana, tem foros de absurdo.
Entre os "objectivos" da ASAE contam-se quotas de detenções.
Se isto é verdade, quem estabeleceu esses objectivos deveria ser imediatamente demitido.
Prefiro submeter-me ocasionalmente a maus cheiros do que a ser governado por aprendizes de ditadores.