« Home | Rescaldo » | A grande investigação » | Pacto secreto » | Boing! » | Carreira de tiro » | O Partido do Portas » | Firme (e hirto) » | Se estes são os apoiantes... » | Exercício de duplicidade à Pacheco » | Agarra-te ao e-mail que pode ser que flutues » 

segunda-feira, setembro 28, 2009 

Obtuso

Em dado momento da noite eleitoral, o fervilhar aleatório do zapping apanhou-me a ouvir o Pacheco na SIC notícias descrevendo calmamente a forma como o DN está ao serviço da "campanha montada pelo PS".
Dos outros comentadores presentes apenas José Miguel Júdice (suspeito por ter votado no PS) se agitou na cadeira e murmurou algo que os microfones não captaram.
Ana Lourenço, a pivot, ouviu imperturbável, como se uma calúnia deste calibre (contra um Partido ainda vá que não vá, mas contra colegas de profissão...) fosse a coisa mais natural do mundo.
De onde se pôde aprender algo sobre a concepção do mundo segundo Pacheco :
Se um líder partidário, que por acaso é um Primeiro Ministro com maioria absoluta obtida através do voto, tece uma consideração sobre a qualidade do jornalismo de determinado órgão de comunicação, tal é considerado pelos jornalistas e pelos restantes líderes partidários (alguns acumulando com o papel de comentadores ubíquos como é o notório o caso do Pacheco), como "ingerência intolerável".
Se um líder partidário (acumulando com o papel de comentador ubíquo como é o notório o caso do Pacheco) profere barbaridades caluniosas em prime time, tudo (lhes) parece normal .
Abençoada "quase ditadura" do Sócrates.