Apesar de ver pouco televisão, é com uma certa frequência que nos últimos tempos tenho apanhado excertos de entrevistas da jornalista Márcia Rodrigues ao embaixador iraquiano em Portugal.
As declarações produzidas repetem o que temos ouvido periodicamente ao longo dos últimos anos a vários outros políticos, entre os quais ex-Primeiro Ministros iraquianos, sobre os progressos na reconstrução do Iraque, o enfraquecimento e isolamento progressivos dos terroristas, etc.
Pela flagrante contradição com a realidade que nos é possível perceber, lembram ainda outros embaixadores em crises diferentes, como o Ali Alatas de má memória.
O seu optimismo traz-me de volta à memória o
antigo ministro iraquiano da informação, agora com outro discurso:
"there are no terrorists in Irak"...
"É só em Bagdad, porque Bagdad é uma cidade muito grande, e ainda por cima é lá que estão os media. O resto do Iraque está pacífico".
Numa altura em que o principal impulsionador da guerra, a administração Bush, é obrigada a reconhecer os resultados de um percurso de três anos pejado de vitórias e "landmarks" cumpridos, que papel acha o embaixador que faz ?