« Home | Igual a zero » | claro e escuro » | Concorrência desleal » | Pág. 2 » | Derivas de fim de ano » | Lapsus graphicae » | Lodo, não cais? » | Para quê? » | Pessimismo » | Palavras de Benazir » 

quarta-feira, janeiro 02, 2008 

O gato e o rato

Afinal parece que o problema da libertação dos reféns é mais complicado do que a grande imprensa deixa transparecer.
As FARC podem ser responsabilizadas por um conceito distorcido de legitimidade revolucionária que os leva a optar pelo rapto de gente inocente, mas, neste momento, é a duplicidade do governo acolitado pelo dedo incansável do amigo americano que torpedeia uma hipótese real de libertação dos reféns.
É mais um exemplo do estilo neoconservador de negociar. Tal como os norte americanos fazem no Médio Oriente, o Governo da Colômbia parece entender que negociar é fazer que se negoceia sem negociar enquanto se reserva aos outros o papel de patetas que vão direitos a qualquer ratoeira que lhes estendam. Funciona sempre bem em séries televisivas, mas na vida real é receita para o desastre.
O que mostra que na Colômbia como noutros locais da América Latina é precipitado tomar partido pelo lado aparentemente mais apresentável para o paladar democrático europeu.

Um bom ano, rapaz.

Enviar um comentário