O gato e o rato
Afinal parece que o problema da libertação dos reféns é mais complicado do que a grande imprensa deixa transparecer.
As FARC podem ser responsabilizadas por um conceito distorcido de legitimidade revolucionária que os leva a optar pelo rapto de gente inocente, mas, neste momento, é a duplicidade do governo acolitado pelo dedo incansável do amigo americano que torpedeia uma hipótese real de libertação dos reféns.
É mais um exemplo do estilo neoconservador de negociar. Tal como os norte americanos fazem no Médio Oriente, o Governo da Colômbia parece entender que negociar é fazer que se negoceia sem negociar enquanto se reserva aos outros o papel de patetas que vão direitos a qualquer ratoeira que lhes estendam. Funciona sempre bem em séries televisivas, mas na vida real é receita para o desastre.
O que mostra que na Colômbia como noutros locais da América Latina é precipitado tomar partido pelo lado aparentemente mais apresentável para o paladar democrático europeu.
Um bom ano, rapaz.
Posted by zazie | 11:38 da manhã