Má hora
Apanhado de surpresa logo pela manhã com a notícia da morte de João Vieira, com apenas 74 anos.
Há muitos anos, já ele era um pintor consagrado, frequentei um curso na Sociedade Nacional de Belas Artes em que ele dava uma disciplina.
Ao contrário do guru distante que eu esperava conhecer, encontrei uma pessoa extremamente afável, séria e disponível, que dedicava a cada aluno, independentemente da sua formação intelectual e do ecletismo das suas opções estéticas, toda a atenção e encorajamento, sugerindo sempre novos caminhos e vias de desenvolvimento mas com total respeito pela perspectiva de cada um.
As suas aulas eram um espaço de reflexão criativa e libertação e ainda hoje me lembro da minha frustração porque duravam um tempo limitado...