À toa
O editorial do Público de hoje é uma peça que se presta a todos os sarcasmos.
Não sei porquê, só me deprime.
Como é possível?
O autor guia-nos através de um labirinto de interpretações bizarras de pedaços da Declaração do Presidente, apenas com o objectivo de se limpar de um caso que contribuiu para criar e do qual não tem sequer capacidade para assumir as responsabilidades.
Faz pena ver a sofreguidão como usa as frases de Cavaco para tentar tirar o rabo da chuva:
Fica-se assim a saber pelo editorialista do Público que o que o Cavaco quiz dizer foi algo de que ninguém poderia sequer suspeitar e que é necessária uma Declaração destas para tirar as dúvidas... O Presidente diz que só ele fala em seu nome... isto é, não se autoriza, quando fala, a deslizes como "Eu, Fernando Lima" e muito menos tolera que outrém profira atrevidamente "Mim, Cavaco!"...
Se a "fonte", afinal não é autorizada, se não é o Cavaco nem os Chefes das Casas Civil e Militar, o que é que tu fazes disto? Em que planeta é que pode ser considerada como "uma fonte"? Em que tugúrio não é "desautorizada" pela Declaração do Cavaco?
Cada vez te enterras mais no lodo.
Meu menino... parece uma conversa de vigaristas de meia tijela tentando safar-se dos incautos com casuística barata.
Como é que uma criatura tão estúpida pôde chegar e manter-se como Director de um jornal "de referência"?
É este o gajo que vai continuar a escrever editoriais sobre a "transparência", a "liberdade", a "competência", etc.?
É, está claro que é.
E pensava eu que o inenarrável Arquitecto Saraiva era insuperável...