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terça-feira, novembro 20, 2007 

A discreta opressão

Quando assistimos a episódios como o da mulher semi-paralisada que foi obrigada a ir trabalhar, ou o da professora diminuída pelo cancro que foi obrigada a leccionar, há que lembrar o seguinte:
1- É esta a face negra do "rigor" orçamental que tanto excita muitos dos comentadores que num parágrafo criticam o Estado "providência" pelo que chamam de "ineficiência" e insuficiências, e no seguinte verberam a "desumanidade" do "sistema";
2- só uma arrogância cega, também ela portadora dos genes do totalitarismo pode permitir-nos criticar os alemães por causa do nazismo.
Como foi possível?
Não, comecemos por aqui, devemos é interrogar-nos, como é possível, entre nós, sem alibis?
Funcionários zelosos, alguns deles, médicos, que avalizam barbaridades destas.
É deles o rosto obscuro dessas sementes de totalitarismo discretamente disseminadas à nossa volta. Sem dúvida que não dispomos da grandiosa capacidade concretizadora dos alemães, mas à nossa maneira discreta sabemos ser eficientes. E não é por vir um Ministro salvar a situação que o essencial se altera.