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segunda-feira, outubro 19, 2009 

Haja dó

Um fascista nunca aprende. É o que se depreende da leitura da entrevista a José Hermano Saraiva pelo seu sobrinho, o arquitecto Saraiva, hoje publicada na revista TABU que acompanha o semanário Sol.
Segundo José Hermano Saraiva, baseado numa historieta que lhe contou um PIDE qualquer, Aristides de Sousa Mendes não salvou judeu nenhum.
Quem salvou quarenta mil pessoas entre refugiados políticos republicanos e judeus em fuga do nazismo foi.... quem mais poderia ser? o Salazar...
Queixando-se ele de que nunca ninguém investigou a veracidade do "mito" de Aristides eis as provas em que se baseia para o "desmascarar":
Mais tarde, o Eng. Leite Pinto antigo ministro da Educação, contou-me que, quando era administrador dos caminhos-de-ferro da Beira, Salazar lhe pediu para fazer uma operação-mistério, de grande porte, que era transportar da fronteira de Irun para Vilar Formoso milhares de republicanos espanhóis e judeus que lá estavam acumulados e que o Franco, se os apanhasse, matava. E que, se lá ficassem, eram mortos pelos apoiantes do Hitler. Então, os comboios do volfrâmio, que iam para lá selados, eram despejados em Irun e recarregados com os refugiados, que eram despejados em Vilar Formoso. Daí eram levados para várias terras – uma delas, as Caldas da Rainha, onde toda a gente sabe que estiveram um mês. Ao fim de um mês tinham de ir à sua vida. De facto, qual era a possibilidade de um cônsul, um simples cônsul, mobilizar meios para transportar 40 mil pessoas através de um país hostil? Como é que isso seria possível? Só era possível para uma organização estatal, como é evidente."
No meio ficam umas sugestões caluniosas para Aristides, que metem "processos disciplinares", problemas de dinheiro originadas por família numerosa, venda de passaportes... enfim, um nojo.