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segunda-feira, outubro 18, 2010 

Górdio

O PSD tem um argumento sólido para não se intimidar com o ultimato que lhe é feito para aprovar o Orçamento: o Governo já não tem credibilidade e o Orçamento não alterará nada em relação à presente situação.
O problema é que se assim fosse os mercados não teriam já neste momento qualquer expectativa relativamente à aprovação ou não do Orçamento e estariamos já em bancarrota desde há semanas.
Por outro lado, não se percebe qual é o coelho credível que o PSD vai tirar da cartola para apresentar aos "mercados", sobretudo no ambiente de apatia geral na sociedade portuguesa e sem se discernir qualquer probabilidade de constituição de um governo maioritário.
O mais grave é que esta guerrilha politiqueira a que se assiste (no mais recente assomo de infantilidade, o professor Marcelo aconselha Passos a aprovar  porque assim "obriga" Sócrates a manter-se no Governo, no tom com que diria a uma criança para dar a bicicleta ao menino mau porque ele vai ter que a carregar) é claramente irrelevante face ao estado das coisas tal como revelado talvez involuntariamente pelo Ministro das Finanças. Ele diz que não vê onde cortar mais num tom de desalento deprimente, como que sabendo de antemão que não será suficiente. Se isto é assim, de facto, mais vale chumbar já o Orçamento e prepararmo-nos para o que aí vem.