domingo, maio 28, 2006 

Aos papéis

A propósito de um seu projecto, um conhecido arquitecto criticava há pouco na televisão o horror que são as casas com varandas, caixilhos, e beirados "tradicionais".
É uma luta antiga deste arquitecto, que já o levou em tempos a defender a "criatividade" presente na aberração urbanística que são os arredores das grandes cidades.
Houvem-se estes discursos e preparamo-nos para a eventualidade de o arquitecto (este e os que perfilham deste tipo de "abordagem") nos começar a explicar como descobriu algo de radicalmente novo na arte de criar espaços habitáveis.
Algo que desafie a lei da gravidade, uma casa em que se ande em plano inclinado e onde seja possível passear pelo tecto sem as coisas cairem, algo diferente, em suma, do atroz maneirismo pseudo vanguardista em que as fachadas das casas, resultado de exercícios pueris e egotistas de arquitectos ansiosos por proclamarem ao mundo a sua recente descoberta dos princípios básicos da geometria descritiva, "fingem" que estas são tortas por dentro.
Adiantou então o arquitecto, que uma casa que projectou recentemente é redonda porque desde a anriguidade que o homem vive ( alguns homens certamente, eu francamente nunca vivi em nenhuma, e não conheço ninguém – tirando talvez o referido arquitecto- que tenha passado por essa experiência) em casas redondas, ainda hoje o faz em regiões remotas do planeta.
Rejeitando modelos que resultaram de uma evolução histórica de muitos séculos, o arquitecto, em nome da modernidade, recupera assim um modelo ainda mais antigo, ou no mínimo associado à precaridade de meios e ao isolamento geográfico, só que, desta vez, em betão e vidro.
Resta esclarecer o que é que isto tem de moderno, para além desta mania contemporânea de cada um arranjar explicações e teorias trinca na pêra possiveis de serem apresentadas como factos comprovados numa passagem de vinte segundos num programa de televisão .

sábado, maio 27, 2006 

Waving to the waves of globalization

Isto poderá parecer um pouco mexerico, ok.
Admito que talvez não tenha sido o aspecto mais importante da entrevista que Sérgio Figueiredo fez ao bem sucedido pregador da religião da banha da cobra, Jack Welch, um dos mais proeminentes gurus de todo o pacóvio que por detrás da secretária de um qualquer banco aspira a tornar-se num caso raro de sucesso como homem de negócios "global", como agora se diz, bastando para isso aplicar à risca os conselhos da treta do mestre (incluindo para começar, despedir muita gente, que é para isso que serve um gestor de topo, "gera eficiência", e fica bem).
Mas foi realmente penoso, muito penoso, assistir ao esbracejar desesperado do Sérgio tentando manter-se à tona no mar encapelado de um idioma, o exótico inglês, de que manifestamente apenas conhece os rudimentos mais básicos.
O Sérgio Figueiredo não será mau jornalista, mas porque é que todo o bicho careto há-de ter a mania que "domina" o inglês? Porque é que estragou o que poderia ter sido uma entrevista pelo menos fácil de seguir, ao recusar-se a assumir essa sua incapacidade?
Porque se deu ao trabalho de dar um humilhante e mau exemplo da incompetência portuguesa logo perante um acérrimo defensor da meritocracia?
Ou será que não havia budget para um tradutor decente?

sexta-feira, maio 26, 2006 

Parole

Em visita ao lacaio Blair, Bush concluiu que o problema da guerra do Iraque é essencialmente uma questão de palavras mal interpretadas.
Como erro dos Estados Unidos, novo e bizarro conceito no arsenal retórico até agora utilizado na exaltante marcha para a vitória que tem sido a ocupação e que se arrisca a colocá-lo em certos círculos da blogosfera portuguesa no rol dos "anti-americanos primários", o valoroso texano identificou Abu Ghraib, o tal problema que nunca existiu.
É mais uma vez uma questão de palavras; o erro foi certamente ter-se permitido que as provas da prática generalizada da tortura tenham chegado ao conhecimento da opinião pública.

quinta-feira, maio 25, 2006 

Não há hipótese

Por mais que as minhas costelas esquerdistas me apertem o peito, não conseguem já reprimir a irritação que me provocam as aventuras dos "novos países de expressão portuguesa".
Veja-se agora mais um caso edificante do folhetim "petróleo em São Tomé e Príncipe" , descrito na Harper's.
A única consolação que resta é que se por tragédia geral e para gáudio do pessoal pró-nuclear desesperado simultaneamente com a nossa "dependência externa" e com as problemáticas do "Protocolo de Quioto", fosse encontrado petróleo em qualquer ponto do território português, as cenas que se passariam seriam idênticas em "edificação".

 

Uma luzinha...

Depois do anterior post, algo... funéreo que permaneceu na abertura do blog durante demasiado tempo, eis uma luzinha de esperança captada nas páginas do Economist...
Parece que " a retoma" em Portugal está prevista (finalmente) para 2007 graças às exportações... se entretanto não rebentarem as "bolhas" do mercado imobiliário americano... e do nosso.

segunda-feira, maio 08, 2006 

Arcadia

O Paraíso Neoclássico.

Onde não existem expectativas falhadas ou acidentes de percurso.

 

Outro problema

Outro problema da esquerda, ao contrário dos princípios libertários que alegadamente a inspiram, é o problema do líder.
Um problema que não surge apenas pela explicação piedosa da necessidade táctica de se associar um rosto e um nome a uma luta facilitando um processo de identificação emocional capaz de criar o alento extra necessário em momentos decisivos, e que depois degenera em "erros" e "cultos" espúrios, como é geralmente aceite para evitar discussões mais dolorosas.
O problema grave, é que este sistema tende a gerar uma pirâmide, desde as bases até ao vértice de um poder absoluto inquestionável, discriminatório e absoluto de um homem, esse sim, e por isso, o único verdadeiramente "livre".
As "direcções colegiais" são, em regra, um mito, apenas o líder supremo ( só esta designação é já um programa...) sabe tudo sobre a via correcta, é insubstituível em vida.
Isto sucede tanto ao nível de um estado, como em Cuba, em que o mesmo homem dirige de forma indisputada o Partido e o País desde há cinquenta anos, como numa organização revolucionária com uma influência intergeracional difusa e de reflexos planetários como a Internacional Situacionista, em que a exigência de rigor mascarava o facto de essa "organização" ser feita à medida da personalidade forte de um único homem que a fundou e a extinguiu ( este ao menos teve o mérito de extingui-la).
Tudo isto, se é a expressão de "liberdades" individuais radicais, é a negação do socialismo tal como o pensamos, como utopia libertadora. Será o sinal da sua impossibilidade?
Entre as formigas, as abelhas, as aves migratórias, os homens e outros animais gregários, é possível identificar a emergência de padrões de comportamentos colectivos, padrões esses de que em geral os indivíduos não têem qualquer consciência.
Mas será a "emergência" de uma sociedade não hierarquizada possível entre os humanos, como resultado de uma busca consciente de um grupo organizado ?

 

Um problema

Um problema da esquerda está em procurar uma solução que é sempre referida às expectativas de um determinado momento histórico.
É uma caixa que se fecha ao futuro.
É assim possível vislumbrar no grafismo dos cartazes da CGTP alusivos ao 1º de Maio de 2006, silhuetas de chaminés de fábrica obsoletas, velhas de um ou dois séculos.

domingo, maio 07, 2006 

É a sério ou para inglês ver?

Um dos erros mais crassos dos "liberais" e conservadores pró-americanos primários é o de confundirem um anti-americanismo primário residual com o facto de uma significa parte da opinião pública levar, talvez ingenuamente, muito a sério, aquilo que chamamos os nossos princípios civilizacionais.
Claro que aqui não cabem, inevitavelmente, os pacóvios para quem é preciso que alguém faça o trabalho sujo de guardião de uma liberdade que para eles se consubstancia na possibilidade de comprarem um Ferrari.

 

Na pele de um outro

Se eu fosse iraniano estaria profundamente preocupado com a opção clara do meu país pelo nuclear, fosse para fins pacíficos ou não.
Teria provavelmente de esconder essa preocupação dos meus amigos, mesmo aqueles que abominam a ditadura teocrática imposta pelos fundamentalistas religiosos, disfarçada com a realização de "eleições" viciadas à partida pela neutralização dos líderes da oposição.
Dos fundamentalistas, nem é preciso falar: obterem a bomba é um desígnio divino.
Mas desenganem-se aqueles que pensem que só aqueles se empenham num programa nuclear.
Desenganem-se os que pensam que bastaria mais uma operação de regime change e deixar mais uma vez fluir o trânsito de tanques de uma qualquer "coligação" pelas avenidas de Teerão para que as flores acenassem dos passeios e tudo entrasse nos eixos.
Apesar da persistente estupidez daqueles que não aprendem sequer com uma prática tão edificante como o exemplo iraquiano, para os não fundamentalistas e aqueles que aspiram a um "modo de vida" mais ocidentalizado, a opção nuclear é também uma questão do mais vulgar patriotismo num país que não nasceu ontem nem teve as suas fronteiras desenhadas por uma qualquer comissão de plenipotenciários de potências coloniais .
Com que direito é que a comunidade internacional se digna ameaçar com a bomba uma potência regional só porque esta aspira a algo que pode construir, se é sabido que essa potência regional é directamente ameaçada pelas bombas israelitas também elas obtidas ilegalmente sem indignações radicais de europeus e americanos?
Com que direito é que a comunidade internacional se digna contradizer os próprios princípios em nome dos quais diz actuar ameaçando com a bomba um País que com maior ou menos folclore retórico se limita a aplicar raciocínios geo estratégicos idênticos em princípio, mas de fôlego mais modesto ao das grande potencias ocidentais?
Com que direito é que a comunidade internacional considera o Irão suspeito de irresponsabilidade quando os exemplos que lhe deu ao longo das últimas décadas foi o da falta de escrúpulos do Ronald Reagan via Oliver North que não hesitou em negociar com os ayatollahs com o mero objectivo mesquinho de vergar de forma bárbara um pequenissimo país da América Central e o da invasão empreendida pelo mais tarde odiado Saddam então com o beneplácito das potências ocidentais?
Com que direito é que a comunidade internacional pretende alcançar um consenso para impor regras apenas a alguns, quando não hesita, quando lhe apraz e acha necessário, violar essas mesmas regras?
A "comunidade internacional" entendida como as potências ocidentais, tem utilizado esses princípios que deveriam por ela ser defendidos intransigentemente, como mera retórica para não ceder um mínimo no seu poder discricionário, com fins, não de alargar uma base civilizacional, mas puramente instrumentais.
Nem é preciso irmos ao nuclear, basta reflectirmos no desprezo pela Convenção de Genebra.
Os iranianos não fundamentalistas também sofrem a humilhação do senhor Bernard Lewis e outros propagandistas ao serviço da administração Bush ao descreverem o mundo islâmico como um mundo decadente militar e tecnicamente e nada os obriga a aceitar que o seu País se resigne ao papel que lhes é distribuido pela propaganda ocidental.
Perderam-se nas duas últimas décadas, oportunidade atrás de oportunidade para fazer a diferença, e agora colhem-se naturalmente os frutos.

 

Segura aí que eu já volto

Ainda no PSD, constata-se que apesar da catástrofe em que o País de encontra abandonado às mãos venais e ignorantes dos socialistas, apesar dos vagidos de vários crónicos treinadores de bancada verberando a catástrofe e a falta de credibilidade do Marques, ninguém se acusa na hora de dar o litro e trazer novos alentos à luta, mesmo com eleições directas para a escolha da direcção do Partido, que trariam para a ribalta o poder das bases, afinal a alma do PSD segundo alguns devotos "analistas".
É forçoso porém, admitir que é cedo.
Só volta a haver eleições com hipóteses de grandes tachos para os "barões" (os boys do PSD) daqui a três anos, um e meio a dois, na melhor das hipóteses, quando o Cavaco e os seus assessores putativos à frente dos media tiverem uma estratégia montada.
Até lá, contentem-se com mais um "novo ciclo".

 

Começar de novo

Alhures, é Marques Mendes quem discursa.
"É o início de um novo ciclo", constata num discurso também ele ponderado.
Tudo se passa num grande jantar.

 

Ainda o PP e "Abril"

Adormeci embalado pelas palavras ponderadas de Telmo Correia e assim acordei.
Foi a primeira coisa que vi de manhã ao ligar a televisão na SIC Notícias:
Um "apontamento de reportagem" com Telmo Correia, e é sabido como um "apontamento de reportagem" com Telmo Correia pode ser confundido com outro "apontamento de reportagem" com Telmo Correia.
Desta vez, porém, o aguerrido deputado deixou um recado importante à direcção do partido. Esta, deverá deixar de fazer tanto uso da palavra "acatar", pouco popular entre os Populares, e perceber a diferença entre "acatar" e "lealdade".
É uma defesa bonita do princípio da "disciplina livremente consentida" de que se começou a falar em Portugal, com o 25 de Abril.
Afinal, nem tudo foram desgraças.

 

Eixo do Mal estar

A emissão do Eixo do Mal foi interrompida abruptamente às cinco para a uma da manhã.
Assustei-me.
Apareceu um apresentador com um ar grave a justificar a interrupção.
Um desastre? Um golpe de estado?
Era só um desastre... novidades em directo e em diferido dos momentos mais importantes do Congresso do CDS/PP em curso, em boa hora organizado na Batalha ( que outro sítio com um nome mais apropriado se poderia arranjar nesta hora do simpático partido ?).
Discursos do "Zé" Ribeiro e Castro e de Pires de Lima, entrevistas a Nuno Melo, Telmo Correia e Coissoró. Apaixonante e a justificar plenamente a interrupção. O pior foi que fiquei com sono.

 

Vai tudo dar ao mesmo

Ainda no Eixo do Mal, falou-se da nacionalização do gás e do petróleo decretada pelo Presidente Boliviano Evo Morales.
José Júdice declarou que tudo tem a ver com uma vaga de anti-americanismo em curso na América Latina (porque diabo será?).
De qualquer modo, sublinhou, os interesses mais afectados pela decisão de Morales são espanhóis e brasileiros. Países com governos de esquerda, finalizou como quem faz um cheque ao rei.
Assim, as decisões de Morales inscrevem-se numa vaga de antiamericanismo, o que é intrinsecamente mau, mas quando os governos que controlam sectores estratégicos da economia de outros países não são os Estados Unidos parece que já existe um problema.
Mais grave parece ser se esses governos para além de não serem o dos Estados Unidos forem de esquerda.
Aí sim, haverá talvez um fundinho de justiça nessas decisões.
Ou será que Morales se enganou e queria apenas prejudicar os Estados Unidos e os espanhóis e brasileiros apanharam por tabela? Vá-se lá saber...

 

Chamem o Herman

No Eixo do Mal falou-se da actuação de Stephen Colbert no jantar anual dos correspondentes de imprensa na Casa Branca.
José Júdice ficou indignadissimo com o "humor insultuoso" de Colbert(?) ao achincalhar o Presidente americano e a sua troupe e a generalidade da grande imprensa americana de uma forma menos subtil do que ele desejaria. Tem de haver limites ao humor... ( isto faz-me lembrar qualquer coisa não é?)
A actuação de Colbert gerou assim vários consensos:
A grande imprensa ignorou a presença de Colbert no jantar, deixando ao Washington Post o cuidade de fazer um resumo: "não teve graça".
No Eixo do Mal, os presentes concordaram que "só num grande laboratório de liberdade como os Estados Unidos" seria possível a actuação de Colbert.

sábado, maio 06, 2006 

Disfunção

Às vezes tenho inveja dos inadaptados sem existência social que podem passar a sua vida sentados à frente do computador, concentrando todas as energias em polémicas virtuais.
Que blog que isto não seria... começava logo de manhã com um early morning post, posts do lanche da manhã, posts da hora do almoço ( posts galinha de cabidela com meio jarro de tinto, kiwi e café), posts five o'clock tea ( a las cinco de la tarde), posts ceia e para Quadratura do Círculo, o post morten antes da tisana e da caminha.

quinta-feira, maio 04, 2006 

Descubra as diferenças

Lembro-me como há uns poucos anos atrás, surgiu na sociedade espanhola um sentimento de revolta contra os assassinatos da ETA.
Entre os espanhóis era claro que não podia continuar a tolerar-se o assassinato como forma de luta sistemática numa sociedade democrática. E a pergunta que se fazia era: qual a posição dos os independentistas "legais" perante isto?
Numa posição incómoda estes, encenavam uma fuga para a frente com o desafio:
Não está em questão lamentar ou não lamentar mortes, o que interessa é olhar para o futuro e criar as condições que permitam negociações que levem a um acordo de paz duradouro.
Horizontes largos, au-dessus de la melée...
Numa cidade do País Basco realizaram-se então manifestações e contra manifestações logo a seguir a um desses assassinatos.
De um lado as pessoas indignadas.
Do outro os militantes independentistas.
Um repórter perguntou na rua a um desses militantes se ele lamentava o assassinato ocorrido um ou dois dias antes.
A resposta veio pronta, mecânica:
Homem, lamentar, não lamentar, não é isso o essencial, o que interessa é olhar para o futuro e criar as condições que permitam negociações que levem a um acordo de paz justo.
Foi uma imagem forte que me inspirou um sentimento de repulsa e me ficou como paradigma do embrutecimento a que se pode chegar quando nos envolvemos completamente no universo pouco arejado da militância política mais extrema.
Ouvir ou ler os nossos neoconservadores de aviário, causa-me o mesmo sentimento de repulsa:
Há uns meros dois anos, ou mesmo seis meses, era ouvi-los exigir o bombardeamento de tudo o que mexesse fora do que consideram o sistema da "liberdade".
Quando os soldados da "coligação" entraram em Bagdad, era vê-los exultar com a perspectiva de a invasão continuar sem delongas para a Síria e o Irão, países do Eixo do Mal com quem "não se negoceia".
Qualquer chaparro postava, escrevia editoriais e artigos ou dava entrevistas a metro, assegurando que "agora, qualquer ditador pensa duas vezes antes de desafiar o mundo democrático"...
Subitamente, porém, quando se começou a falar da crise iraniana e da quase exigência ao Ministro dos Negócios Estrangeiros português que empacotasse o embaixador iraniano e o enviasse para Guantanamo por declarações anti-semitas violadoras da "absoluta liberdade de expressão" durante a crise dos cartoons, aparecerm com um novo gimmick :
"Atenção, que o Irão é diferente do Iraque".
Comecei a ler isto muitas vezes e e confesso comecei a ficar intrigado:
Será que esta lapalissada é apesar de tudo o sinal de que começa finalmente a entrar algum senso nestas cabeças?
A capa da edição do Público do passado Sábado passado trouxe-me de volta à realidade.
"Há diferenças significativas entre o Irão e o Iraque", terá dito o Bush.
ah!
Por isso não me surpreendi já, quando ao almoçar num restaurante no princípio desta semana, ouvi esta frase vinda de uma mesa próxima:
"Atenção, que o Irão é diferente do Iraque".
Esquecem-se de dizer, entre outras coisas, que o Irão é diferente do Iraque, por causa da invasão do Iraque.